Panorama Fundamental
A resposta do Federal Reserve caminha entre paciência e pressão. Na reunião de 29 e 30 de julho, a expectativa é de manutenção da taxa de juros em 4,25% a 4,50%, apesar das crescentes pressões — internas e externas — por cortes. O comunicado oficial será divulgado às 15h (horário de Brasília), seguido, meia hora depois, pela coletiva de imprensa do presidente Jerome Powell, que buscará transmitir estabilidade em meio às incertezas.
Contexto e Tensões
Internamente, o Fed enfrenta uma rara divisão: os governadores Christopher Waller e Michelle Bowman defendem um corte imediato, o que representaria o primeiro duplo dissenso em mais de três décadas. No plano político, críticas públicas à atuação de Powell reacendem debates sobre a independência da autoridade monetária.
A inflação anual permanece em torno de 2,7%, acima da meta, enquanto o mercado de trabalho segue resiliente — um cenário que fortalece a posição de cautela da maioria dos dirigentes.
O que esperar do evento
Decisão de juros – 15h
Sem atualizações no dot plot, o mercado vai examinar cada palavra do comunicado. Mudanças sutis de linguagem — como trocar "risco equilibrado" por "monitoramento cuidadoso" — podem sinalizar abertura para cortes em setembro.
Coletiva de imprensa – 15h30
Powell deve reforçar a dependência de dados e evitar promessas explícitas. No entanto, qualquer brecha verbal será interpretada como sinal de direcionamento da política monetária.
Cenários de mercado
Sem sinal de corte: dólar se fortalece, bolsas podem corrigir.
Com sinal implícito de corte: ativos de risco reagem positivamente, dólar recua, apostas dovish ganham força.
Por que esse evento importa
Dissidência histórica: dois votos contrários a Powell seriam um evento institucional raro, com impactos simbólicos e práticos sobre os mercados.
Expectativas futuras: qualquer indicação sobre setembro será suficiente para alterar as curvas de juros e afetar todo o espectro de ativos.
Momento decisivo: inflação em queda e tarifas comerciais em alta colocam o Fed em um ponto de inflexão importante.
Conclusão
O Fed caminha sobre o fio da navalha. Nesta quarta-feira, o comunicado e as palavras de Powell terão o poder de redesenhar o sentimento de mercado global. Quem souber captar o tom certo pode aproveitar grandes oportunidades. Quem hesitar, corre o risco de ficar preso no nevoeiro da incerteza.
Panorama técnico de curto prazo US 500
O índice segue em rali, mas recuou levemente e entrou em zona de consolidação entre 6.363 e 6.425, marcada no gráfico como faixa de congestão. O movimento ocorre após forte impulso altista e mantém viés de alta, enquanto RSI opera em 74 e MACD segue positivo, embora comece a mostrar sinais de leve exaustão.
Cenário de alta:
Rompimento de 6.425 abre caminho para nova pernada com alvo em:
• Alvo 6.541
Cenário de baixa:
Perda de 6.363 inicia correção da congestão com suporte apoiado por uma SMA de sinal de 20 periodos.
• Alvo : 6.281 (SMA 20)
Preço de abertura do dia: 6398
Máxima semanal: 6400
Mínima semanal: 6395
Viés: alta no curto prazo
Gráfico Diário

Panorama técnico de curto prazo EURUSD
O par apresenta sinal de enfraquecimento no gráfico diário caindo forte após não conseguir sustentar o rompimento da região de 1.1770. O preço retorna abaixo da média de 20 períodos e se aproxima do suporte em 1.1570, com RSI recuando e MACD iniciando cruzamento descendente.
Cenário de alta:
Reação compradora só se renova com recuperação firme acima de 1.1650
• Alvo 1: 1.1770
• Alvo 2: 1.1800
Cenário de baixa: Falha abaixo de 1,1700 pode reacender a pressão vendedora.
Perda de 1.1570 pode intensificar movimento corretivo.
• Alvo : 1.1455
Preço de abertura do dia: 1.1589
Máxima semanal: 1.1770
Mínima semanal: 1.1585
Viés: baixa no curto prazo
Gráfico Diário
